INVENÇÃO DA ALEGRIA
Há quem cultive a dor,
Eu invento a alegria.
De todo o meu amor,
Que vale mais que o dia,
Quero legar a história,
Quero deixar ao vento
(sem ais e sem lamento)
Uma justa memória
E enxuta fantasia.
Há quem celebre a morte,
Eu festejo a alegria.
Por graça ou por esporte
Ou mesmo por mania,
Quero inventar a vida,
Quero o melhor carinho
Doar a meu vizinho
Como a melhor partida
De sonho ou de poesia.
Há quem festeje o pranto,
Eu invento a alegria,
Razão maior do canto,
Antes que a cotovia
Arquive o nosso idílio,
Cancele o meu futuro,
Razão maior do puro
Clarão deste meu círio
Votado à alegria.
Antônio Lázaro de Almeida Prado
*ひょっこりひょうたん島の「泣くのはいやだ。笑っちゃおう」みたいな響きがありますね。
私は、この詩に共感したり、とくに好きというわけでもないのです。
でも、共感する人もいる。何か理由はあるはず。
自分の生活だの、恋愛だの、事情や心のあれこれは、作る人、読む人、それぞれですよね、